Depois de duas semanas sem escrever nada no blog, estou aqui novamente dando notícias. Antes de vir para o Canadá eu achava que eu ia ter muito tempo livre, pois eu até trouxe alguns textos em inglês para estudar e livros para ler. Cheguei aqui, comecei a me envolver com as centenas de possibilidades e oportunidades que o Governo do Canadá disponibiliza para os imigrantes que me sobrecarreguei! Quem me conhece sabe que sou ansioso e que quero aproveitar tudo. Foi a mesma coisa que soltar uma formiga em cima de um bolo de chocolate, hahahaha. Percebi que tenho que manter foco e escolher as atividades que eu possa tirar mais proveito, vou ter que deixar pra depois a compra de patins de gelo, aulas de patinação, andar de bicicleta no parque, preparação para o Doutorado, estudar para dar aulas, tirar certificações, etc, etc...
Mas este post é para dizer que eu estou constatando uma coisa que eu apenas desconfiava, mas queria perceber estado aqui mesmo. Pessoas são pessoas independente do país a qual elas pertençam. O que isso quer dizer? Isso significa que elas tem medos, inseguranças, arrogâncias, medos... Estou fazendo o curso de inglês durante o dia e outro curso direcionado a profissionais de TI duas vezes por semana a noite e aos sábados. No grupo de TI tem muitos chineses (pois estou estudando no centro chinês) como também pessoas do México, Sri Lanka, Bielo-Rússia, Bolívia, Índia, Oriente-Médio... Durante o curso eu fico observando o comportamento dos meus colegas e identifico características de colegas de trabalho do Brasil. Os chineses são tímidos, o da Índia é um rapaz humilde e inteligente, os latinos são competitivos, o da Sri-Lanka chega meia hora atrasado todo dia e é meio relaxadão e a da Bielo-Rússia é meio doidinha! Hahaha. Nossa que mulher estranha! Ela quer ser a primeira da sala, falar do que sabe e do que não sabe, tem um jeitão estabanado... Como a turma é internacional, os professores tem que ensinar tudo, até as coisas básicas de como se portar em uma empresa e até como dar um aperto de mão. Pra nós ocidentais chega a ser ridículo, mas como minha amiga Adriana Mariko diz, tem gente que imigra para o Canadá e que parece que vieram da selva, pois não tem a cultura ocidental capitalista que temos e não sabem realmente como se comportar em uma empresa.
No meu curso de inglês diurno também é assim. Lá, por outro lado, tem também muitos refugiados. Eu vejo cada história de vida triste que me faz agradecer tudo que recebi da vida até agora. Tem um colombiano refugiado que veio para o Canadá com os filhos e sem a esposa. Ele está há 15 meses aqui e ele chegou com nível 0 de inglês. Hoje ele está batalhando e aprendendo. Um rapaz alto astral, humilde, muito sociável e que toda a vez que me encontra grita: Hey, Brasil! Hahaha. Fiz amizade fácil com ele. Teve um dia no almoço que ofereci se ele queria provar minha comida e ele achou isso o máximo. Ele diz que brasileiros são muito amáveis. Perguntei pra ele o que tinha na Colômbia além de banana e café. Ele respondeu: Marijuana! Hahahaha. Já os africanos e chineses se fecham na cultura deles e só faltam passar por cima de vc numa fila, num exercício de aula, etc... A foto ao lado é do povo do meu curso. Tentem descobrir quem é da China ou da África, hahaha. A chinesinha do centro foi a professora até a semana passada.
Bom, mas estou atingindo um dos objetivos que eu tinha para o Canadá que era conhecer pessoas. E posso dizer que estou ADORANDO esta oportunidade. Adoro pessoas, aprender culturas diferentes, conviver com as diferenças. Percebo que eu vim para esse mundo para isso: Conviver...
1 comment:
Amei esse post amigo! Acho que é o que há de mais enriquecedor nessa experiência de imigrar. Aprender a conviver com as diferenças. Até porque muitas vezes os "diferente" somos nós...rsss...Beijos cheios de saudade
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